Nesse texto Dr Thiago Protta especialista em joelho explica o que é a síndrome do trato iliotibial que frequentemente acomete os corredores.
A Síndrome do Trato Iliotobial é caracterizada por uma dor na região lateral do joelho, especialmente em corredores mas também pode acometer ciclistas e outros atletas que realizam movimentos repetitivos de dobrar e esticar o joelho.
A causa da dor é resultante do atrito entre o tendão e o epicôndilo femoral lateral (proeminência óssea lateral no joelho). Essa musculatura tem origem no quadril e se insere na região lateral (de fora) da tíbia, alguns centímetros abaixo da região articular do joelho.
Importante diferenciar de outras duas condições quem também podem afetar corredores que são tendinite do tendão patelar e tendinite da pata de ganso.
Quadro Clínico da Síndrome do Trato Iliotibial
A síndrome do trato iliotibial normalmente gera dor na região de fora do joelho especialmente após atividades físicas (correr, pedalar, subir e descer escadas) podendo variar a intensidade dos sintomas desde uma dor leve até uma dor que incapacita a atividade esportiva.
Nas fases iniciais a dor tende a melhorar com repouso, aplicação de gelo e analgésicos/anti-inflamatórios; já nas fases mais avançadas pode resultar em dor mesmo durante o repouso.
Diagnóstico da Síndrome do Trato Iliotibial
O diagnóstico da Síndrome do Trato Ilitibial é feito através da história clínica e exame físico. O ortopedista consegue reproduzir os sintomas durante manobras realizadas no joelho e além disso avalia a parte do alongamento, equilíbrio muscular e afasta outras causas de dor.
O ultrassom e a ressonância magnética são valiosos em caso de dúvida e mostram o processo inflamatório gerado entre o atrito da banda iliotibial e o epicôndilo femoral lateral.
Tratamento da Síndrome do Trato Iliotibial
A boa notícia é que o tratamento da Síndrome do Trato Iliotibial é sem cirurgia (conservador) na grande maioria dos casos, necessitando de fisioterapia, alongamento, correção do gesto esportivo, repouso e medicação.
Técnicas como liberação miofascial e fortalecimento/equilíbrio muscular ajudam bastante na melhora dos sintomas.
Um exemplo clássico para tratar a Síndrome do Trato Iliotibial é quando o ciclista pedala com os pés rodados para dentro, isso aumenta o atrito do trato ilitibial, nesses casos é importante fazer esse diagnóstico e correção.
Nos casos de dor persistente do trato ilitibial uma opção muito válida é a terapia por ondas de choque realizada por médico habilitado e eventualmente infiltração.
A cirurgia é um tratamento de exceção, reservado para casos muito pontuais.
Referência bibliográfica
