Artrose do joelho (ou osteoartrite)

A artrose do joelho é uma condição degenerativa progressiva e uma das principais causas de dor e incapacidade entre adultos, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pelo desgaste da cartilagem articular, é frequentemente associada ao envelhecimento, mas fatores como genética, peso corporal, lesões e sobrecarga nas articulações também desempenham um papel crucial em sua evolução.

Quadro Clínico

Pacientes com artrose do joelho geralmente apresentam sintomas progressivos e variáveis. O sinal mais comum é a dor no joelho, que se agrava com a atividade física, especialmente subir/descer escadas e agachar, e tende a melhorar com o repouso. Outros sintomas podem incluir rigidez, especialmente após períodos de inatividade ou pela manhã, inchaço e sensação de atrito ou estalos dentro da articulação. A mobilidade pode ser reduzida, afetando a qualidade de vida e a realização de atividades cotidianas.

Diagnóstico

Para diagnosticar a artrose do joelho, existe uma combinação de métodos. A avaliação começa com um histórico clínico detalhado e exame físico. O médico avaliará a dor, a mobilidade da articulação, a presença de inchaço e outros sinais de inflamação. Exames de imagem, como radiografias e ressonâncias magnéticas, podem ser solicitados para avaliar o grau de dano articular e descartar outras condições. 

Tratamentos

O tratamento da artrose do joelho é geralmente segue vários caminhos, buscando aliviar a dor, melhorar a função e qualidade de vida e retardar a progressão da doença. Uma abordagem individualizada é essencial, considerando a idade, o nível de atividade, a saúde geral, as preferências do paciente e a gravidade dos sintomas. 

  1. Remédio para artrose de joelho: Analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são frequentemente prescritos para controle da dor e da inflamação. Em alguns casos, suplementos como glucosamina + condroitina e colágenos são opções, embora o benefício desses suplementos seja tema de debate científico.
  2. Fisioterapia: Exercícios orientados por um fisioterapeuta podem fortalecer a musculatura ao redor do joelho e quadril, aumentando a estabilidade articular e diminuindo a carga sobre a cartilagem. Técnicas de modalidade como calor/frio e ultrassom também podem ser utilizadas, entre outros recursos.
  3. Mudanças no Estilo de Vida: A redução de peso é recomendada para indivíduos com sobrepeso ou obesidade para diminuir a pressão sobre as articulações. Atividades de baixo impacto, como natação e ciclismo, são incentivadas. Para controle do peso sugerimos um acompanhamento multidisciplinar com nutricionista, endocrinologista e educador físico.
  4. Infiltração de joelho: a infiltração com ácido hialurônico (viscossuplementação) apresenta ótimos resultados, quando bem indicada, para muitos pacientes com condropatia do joelho, melhora a dor, mobilidade e ajudar a preservar a cartilagem que está boa. Existe também a infiltração com corticóide, normalmente indicada para crises de dor mais intensas que não tenham melhorado com outros tratamentos. 
  5. Cirurgia para artrose de joelho: para casos avançados onde o tratamento conservador não é suficiente, procedimentos cirúrgicos como artroscopia, osteotomia, e em última instância, substituição total do joelho, podem ser considerados. Esse tema deve ser abordado de forma mais profunda em outro artigo aqui no site (em breve).

Considerações Finais

O manejo eficaz da artrose do joelho depende de uma abordagem proativa e colaborativa entre o paciente e a equipe de saúde. O diagnóstico precoce e uma compreensão clara das opções de tratamento podem melhorar significativamente os resultados a longo prazo. É essencial um acompanhamento regular para ajustar o plano de tratamento conforme necessário. A educação do paciente desempenha um papel crítico, capacitando as pessoas a tomar decisões informadas sobre seu tratamento e estilo de vida.

Para uma estratégia de tratamento ideal, os pacientes devem sempre buscar um ortopedista especialista em joelho, que pode orientar as melhores práticas baseadas nas evidências mais recentes e nos aspectos individuais de cada caso.